09/01/2010

Desfazendo o Mito dos Megapixels

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Acontece com todos nós: o momento em que descobrimos que mais “megapixels” e melhores fotos não são necessariamente a mesma coisa. Se ver livre do errôneo “mito do megapixel” – o equivalente desta década do “mito dos megahertz” – pode levar um consumidor a uma crise existencial em miniatura.
A descrença, a princípio, dá lugar a uma espécie de auto-questionamento embaraçoso: “quer dizer que 15 megapixels não é três vezes melhor que 5 megapixels? O modelo deste ano não é melhor que o do ano passado? Gastei toda aquela grana “atualizando” meu equipamento… para nada?”.
O consumidor, em pânico, se vê então diante da escolha entre abandonar de vez os eletrônicos e se tornar um ludita, ou aprender sobre a tecnologia por trás das câmeras e tomar as rédeas de suas decisões de compra.
Ao escolher o segundo caminho, ele logo se dá conta de que nem tudo está perdido. As novas gerações de câmeras digitais e filmadoras, que quase sempre tem “mais megapixels” ou resoluções mais altas, ainda assim tendem a produzir excelentes imagens.
Mas há muito mais no sensor de uma câmera digital que a resolução. Entender o básico pode acabar lhe convencendo que, pelo menos neste ano, comprar o modelo do ano passado é uma ótima idéia.
De olho nos números certos
Num mar de especificações, uma das mais ignoradas é o tamanho, e não o número de pixels, do sensor de uma câmera. Sensores maiores geralmente levam a pixels maiores, o que resulta em algumas vantagens na hora de capturar uma imagem.
A mecânica disto tudo pode ser melhor compreendida imaginando o sensor de uma câmera digital como uma bandeja coberta de milhões (daí o “mega”) de pixels cilíndricos, como se fossem copos. Fótons (partículas de luz) passam através da lente da câmera e são “capturados” pelos copos na bandeja. Cada copo pode ser vermelho, verde ou azul (as três cores que formam a base para todas as outras). Quanto mais fótons um copo captura, mais brilhante é sua cor. Copos totalmente vazios são pretos, totalmente cheios são brancos.
Pixels (ou copos) maiores, com superfícies maiores, capturam mais fótons por segundo, o que na linguagem dos eletrônicos significa um “sinal mais forte”, e na linguagem das câmeras significa “menos ruído e cores mais limpas”. Pixels maiores também capturam mais fótons por exposição antes de encher, então são capazes de manter sua cor por mais tempo e não “esbranquecem” tão rapidamente quanto os pixels menores.
Como o tamanho do sensor nas câmeras compactas não aumentou muito, mas a quantidade de pixels sim, o único modo de conseguir isto é usando pixels menores. Por esta razão, geralmente não vale a pena pagar um extra pelo último “rei dos megapixels”, diz Phil Askey, editor do site dpreview.com, especializado em fotografia digital.
“Quando você vai além dos 7 ou 8 megapixels em uma câmera compacta, as lentes pequenas já não estão aguentando o tranco”, diz Askey. “E você está colocando tantos pixels em um sensor tão pequeno que o ruído começa a virar um problema de verdade. Começamos a nos preocupar com isso em 2006, mas de lá pra cá só piorou”.
A habilidade ainda é importante
Embora alguns especialistas acreditem que o ritmo da inovação no mundo da fotografia digital diminuiu, é sempre bom lembrar que na tecnologia as regras de hoje são os anacronismos de amanhã. Mas não importa quando o próximo avanço na fotografia digital virá, o velho provérbio que diz que o fotógrafo é a parte mais importante de uma boa foto sempre será verdade.
Leve em conta o caso do premiado fotógrafo Alex Majoli, conhecido por fazer fotos de guerras e outras imagens dramáticas para publicações como a National Geographic e a Newsweek – usando câmeras digitais compactas.
Ou tenha em mente as palavras críticas de Ansel Adams: “a incrível facilidade com a qual podemos produzir uma imagem superficial frequentemente nos leva ao desastre criativo.”    (www.infomaníaco.com.br)


 Tirando a prova dos nove!


Uma forma que achei de ilustrar o texto acima não poderia ser outra que não fosse postar imagens. Estas  duas fotos, como tantas outras, fiz com uma câmera compacta de 8.1 megapixels (no mercado das compactas já existem com mais de 12 megapixels),  e mesmo assim consegui realizar efeito de enfoque seletivo  mesmo que de uma forma mais simples em relação ao que faria com uma  reflex , e ainda fiz um corte tirando de cena o que não me interessava (o que facilita ainda mais para diminuir a qualidade da imagem) mas enfim, a questão é: priorizar tanto os tais "megapixels" na hora de comprar uma câmera não necessariamente significará sinônimo de fotos com qualidade, pois sensores, lentes e por último e lógicamente não menos importante , quem está por trás das lentes  é que realmente fazem a diferença.





4 comentários:

  1. Adorei esse post, muito interessante....

    Beijão

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  2. Marcos Borges Filho13 de ago. de 2010, 10:31:00

    Post maravilhoso... Não conhecia o site... tá nos favoritos agora

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  3. Olá querido, seja bem vindo, tenho endereço novo, me acompanhe: www.crismotta.com.br

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