ATILIO AVANCINI
Coleção: ARTISTAS DA USP
Autor: AVANCINI, ATILIO
Editora: EDUSP
Assunto: COMUNICAÇAO-FOTOGRAFIA
Atílio Avancini registra em 72 fotografias em preto-e-branco instantes que refletem práticas do cotidiano de 12 cidades do mundo. Elas foram tiradas num período de 18 anos (1986-2004), durante atividades profissionais ou simples visitas a diferentes países. São, segundo ele, uma espécie de diário, buscando não somente o visível, mas também o indiferente, o aleatório. Nelas, o espaço público foi o cenário escolhido para o registro da dinâmica de cidades como Budapeste, Paris, São Paulo, Goiás Velho entre outras. Mesmo de lugares diferentes, os relances da vida urbana captados pela lente do fotógrafo trazem algo em comum - a relação do corpo humano com objetos e espaços familiares. Inspirado no trabalho do fotógrafo francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004), Avancini utilizou o recurso técnico do instantâneo, fixando o tempo e permitindo a permanéncia do acaso, do flagrante que jamais se repetirá.
Fotografia & História:
BORIS ROSSOY, ATELIE EDITORIAL 2001
"Fotografia & HistÓria", edição revista e ampliada, aborda as relações entre o documento fotográfico e as informações que ele nos traz de um fato passado, apesar de não substituir a realidade. Trata-se de uma incursão pioneira no âmbito dos estudos da imagem, que tem se constituído em obra de referência obrigatória para historiadores, cientistas sociais e estudiosos da comunicação.
Realidades e Ficções na Trama Fotográfica
ATELIE EDITORIAL, 2000
Um conjunto de texto que o autor vem desenvolvendo nos últimos anos, onde, segundo Kossoy, a imagem fotográfica contém em si realidades e ficções. Refletindo sobre os mecanismos mentais que regem a construção da representação, do signo (produção) e a construção da interpretação (recepção), o autor chama a atenção para uma característica encoberta, nebulosa, inerente da imagem fotográfica (pré e pós-materialização documental - e portanto de ficções - que ela permite, e que se estriba em sua ambígua e definitiva condição de documento/representação. Um processo que é desvendado de forma didática e que contribui para a percepção dos fundamentos estéticos próprios da fotografia.
Ensaios sobre a Fotografia
Susan Sontag - Companhia das Letras, 2004
Esta obra é um livro que fez história no âmbito dos estudos da imagem. Publicado no Brasil originalmente em 1983, reúne seis ensaios escritos na década de 70, em que a romancista e filósofa Susan Sontag analisa a fotografia como fenômeno de civilização, desde o aparecimento do daguerreótipo, no século XIX. O resultado é uma história social da visão, demonstrando o seu lugar central na cultura contemporânea. Sontag extrapola os domínios da técnica da fotografia - enfoque que desliga a prática fotográfica do quadro social que a inventa e consome -, abrangentes e reflexivas, as análises dialogam com a filosofia, a sociologia, a estética e a arte pictória. A erudição da autora não se traduz, porém em hermetismo. Seu estilo é simples, direto, leve e sedutor, marca de uma das mais atuantes intelectuais da atualidade. "A realidade com tal, é redefinida pela fotografia". escreve ela ao discutir as relações entre os acontecimentos e as imagens produzidas a partir deles. Sontag mostra como as noções de fato e representação se embaralham nas sociedades indústriais e consumistas onde "tudo existe para terminar numa foto"
Diante da Dor dos Outros
Susan Sontag, Companhia das Letras 2003
Imagens do sofrimento são apresentadas diariamente pelos meios de comunicação. Graças à televisão e ao computador, imagens de desgraça se tornaram uma espécie de lugar-comum. Mas como a representação da crueldade nos influencia? O que provocam em nós exatamente? Estamos insensibilizados pelo bombardeio de imagens? Em Ensaios sobre a fotografia, publicado no Brasil no começo dos anos 1980, Susan Sontag abordou o tema em termos que definiram o debate pelas décadas seguintes. Aqui, faz uma nova e profunda reflexão sobre as relações entre notícia, arte e compreensão na representação dos horrores da guerra, da dor e da catástrofe. Discutindo os argumentos sobre como essas imagens podem inspirar discórdia, fomentar a violência ou criar apatia, a autora evoca a longa história da representação da dor dos outros - desde As desgraças da guerra, de Francisco de Goya (1746-1828), até fotos da Guerra Civil Americana, da Primeira Guerra Mundial, da Guerra Civil Espanhola, dos campos nazistas de extermínio durante a Segunda Guerra, além de imagens contemporâneas de Serra Leoa, Ruanda, Israel, Palestina e de Nova York no 11 de setembro de 2001. Num texto preciso e provocador, Sontag levanta questões cruciais para a compreensão da vida contemporânea. De sua reflexão surge uma formulação surpreendente e desafiadora: a relevância dessas imagens depende, em última instância, da maneira com que nós, espectadores, as encaramos.
O Ato Fotográfico e Outros Ensaios
PHILIPPE DUBOIS, Papirus 2003
A foto não é apenas uma imagem (o produto de uma técnica e de uma ação, uma figura de papel em sua clausura de objeto finito), é também um ato icônico, uma imagem, se quisermos, mas em trabalho, algo que não é possível conceber fora de suas circunstâncias. A foto é uma imagem-ato que não se limita apenas ao gesto da produção (o gesto da tomada), mas que inclui o ato de sua recepção (sua “contemplação”). Vê-se por aí o quanto esse meio mecânico implica a questão do sujeito, especialmente do sujeito em processo
Introdução à Análise da Imagem
MARTINE JOLY, Papirus 2003
Essa obra propõe uma análise da mensagem visual fixa (quadro, fotografia, cartaz), necessária à abordagem de mensagens mais complexas (imagem em seqüência, animação, filmes). Questiona as significações da imagem e os problemas que esta suscita quanto à sua natureza de signo. Os exemplos metodológicos são bem desenvolvidos e servem de apoio a evocações teóricas básicas.
Ensaio sobre fotograia para uma filosofia da técnica
Vilém Flusser, Relógio DÁgua.
A Câmara Clara
ROLAND BARTHES, Edições 70 2003
Obra derradeira do espírito criador de Barthes, esta meditação sobre a imagem fotográfica constitui simultaneamente uma apaixonada meditação sobre a vida e sobre a morte. Por detrás do universo fotográfico, para além da imagem que a câmara fixa, há todo um universo que se condensa no momento do disparo. Roland Barthes aproveita as imagens fotográficas para meditar sobre a condensação do minuto que passa e, sobretudo, como base para uma profunda reflexão sobre a vida e a morte. Obra derradeira do espírito criador de Barthes, A Câmara Clara é uma meditação profunda e apaixonada sobre o universo vivo, através de algumas das suas imagens.
Fotografia e Antropologia
Rosane Andrade, Estação Liberdade.
fonte: http://www.fotografiacontemporanea.com.br/v07/bibliografia.asp
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